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Não há dúvidas do sucesso do modelo fast fashion. Existem muitos anos, marcas que possuem o modelo veloz de geração e abastecimento estão à frente da indústria da moda. Além das convencionais coleções desenvolvidas pelas marcas de acordo com as estações do ano, o fast fashion introduziu no mercado as microcoleções que são produzidas em tempo recorde. O Guia Absolutamente Indispensável esses processos resultam em um consumo de forma acelerada do que aqueles envolvidos pela distribuição pros clientes.

129 bilhões. Como Desenvolver Uma Loja Virtual De Cosméticos De Sucesso nação ocupa o 4º ambiente no ranking mundial de fabricação. De janeiro a junho deste ano, foram fabricadas 5,5 bilhões de peças no Brasil. A sustentabilidade desponta como relevante escolha ao mercado da moda convencional, incluindo o conceito fast fashion. Fatos do Serviço Brasileiro de Suporte às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) apontam que o Brasil produz 170 1 mil toneladas de retalho têxtil por ano. Somente em São Paulo (SP), pela localidade do Brás - bairro com por volta de 1000 fábricas -, são descartadas vinte toneladas de resíduos têxteis (retalhos) por dia.

O italiano Enrico Cietta, economista, consultor de moda e especialista do conceito fast fashion, defende a necessidade de levar a sustentabilidade pra todo o mercado, a constituição de políticas públicas que contemplem a sustentabilidade - ecológica, social e econômica. No Brasil, no que diz respeito ao descarte de resíduos sólidos, foi sancionada, em 2013, a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Segundo a coordenadora nacional do setor de moda do Sebrae Juliana Ferreira Borges, "o cerco está se fechando para as marcas. Em alguns anos, será de valor elevado ser insustentável do que sustentável". Há dois anos, Juliana construiu um texto para o Sebrae, no qual destacava a moda sustentável como um diferencial competitivo e uma extenso oportunidade para se exercer o consumo consciente. Nos dias de hoje, a coordenadora considera que estas afirmações devem ser atualizadas. Consumo consciente está em desuso, dado que, pra ela, o termo sugere que é do cliente a responsabilidade, quando, na realidade, a sustentabilidade deve ser discutida de uma maneira mais ampla por toda a indústria da moda.

Há alguns anos, a inglesa Kate Fletcher, professora de design sustentável, montou o conceito do slow fashion, que preza por uma elaboração mais lenta, valoriza o meio ambiente e as relações de serviço. As marcas que ingressaram no mercado com este conceito instigaram os clientes a se interrogar a respeito da fabricação dos produtos utilizados.

Receber as tendências da moda mais rápido não basta, é necessário conhecer a matéria-prima usada na fabricação e o descarte de resíduos sólidos produzidos pelas organizações. Além dos processos relacionados ao produto, o mercado deseja transparência quanto às relações trabalhistas, visando à sustentabilidade social. A moda sustentável é repercussão do modelo slow fashion, e, em todas as etapas de geração, preserva o ecossistema e as relações sociais.

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Todos os processos foram repensados, da matéria-prima ao descarte dos resíduos. Algodão vegetal, tendo como exemplo, é substituído por algodão orgânico, tendo em vista que a fibra de origem vegetal requer um plantio leve e inevitabilidade de grande quantidade de pesticidas pra combater as pragas. O designer André Carvalhal migrou do padrão fast fashion para a moda sustentável.

Ao se especializar em design sustentável, Carvalhal constatou o quanto o mercado da moda era insustentável. Farm, o especialista sentiu a indispensabilidade de mudar o caminho da sua carreira. O paradigma usual de varejo têxtil não foi o suficiente, e Carvalhal decidiu investir em um projeto que pregasse a colaboratividade e a sustentabilidade na indústria da moda. Carvalhal é cofundador da Malha, movimento produzido para construir uma moda mais colaborativa, justa e sustentável. O projeto tem sede no bairro São Cristóvão, pela cidade do Rio de Janeiro.

Uma escola, uma fábrica e um estúdio de fotografia de emprego compartilhado adicionam a Malha. Nesse espaço, nasceu a primeira marca do designer, a AHLMA - Malha ao inverso. A AHLMA carrega a cocriação em sua essência, e o conceito adiciona incalculáveis setores. Além de designer, Carvalhal é autor dos livros Moda com propósito - Manifesto na enorme virada e Moda imita a vida, que abordam uma nova probabilidade pela indústria da moda.