O Concurso Público E A Chance De Fazer Diferença

É muito comum visualizar, nos clubes, nos bairros e nas escolas grupos de pessoas em que aparecem três classes: os conhecidos, os neutros e os mal-afamados. Para ser famoso, basta uma legal particularidade: aptidão nos esportes, riqueza, lindeza, inteligência (desde que não se seja um nerd), uma sensacional compleição física, força ou, desse jeito, bons relacionamentos ("filho de", "companheiro de", "protegido de" e até "namorando tal pessoa"). Pra ser chato, é necessário algum agradável porquê: pessoas muito estudiosas e sem carinho são hipótese corrente; monotemáticos, idem. Apesar de tudo, vale recordar que um dos melhores conceitos do que seja um "chato": chato é aquela pessoa que tem mais interesse em você, do que você nele.

Um caso afirmativo, bem como, podes guindar alguém ao estrelato, todavia, pras coisas boas, a memória humana é muito falha, de forma que, após algum tempo, será preciso "atualizar" algum porquê para estar no hall da fama. É claro que as tais classes não são estanques, permitindo movimentação, conforme a vida vai andando. Pois que bem, os representantes dos grupos da extremidade andam mais ou menos juntos: os populares, por uma charada de elitização, e os mal-afamados, por inexistência de opção.

Claro que todos possuem seus grupos menores, de pessoas com as quais há superior amizade e, obrigatoriamente, mais sabedoria e solidariedade mútuas. No grupo dos mal-afamados, há a toda a hora um núcleo de resistência às gozações dos conhecidos, quando, entre eles, aparece um ou outro desanimado que, não alegre por apresentar-se "bem", ainda faz pergunta de marcar tua suposta "superioridade". E, como se necessita imitar os conhecidos, o grupo dos mal-afamados costuma reunir-se para uma certa proteção mútua. A aprovação em concurso é intrigante, dado que coloca a pessoa no grupo dos bem resolvidos, dos que tiveram sucesso, dos que têm um poder (maior ou pequeno, de acordo com o cargo, porém a todo o momento considerável).

Ademais, a aprovação também guinda o candidato ao estrelato. Num momento, ele é um "cara" desempregado, que estuda, estuda, estuda e só "leva bomba"; de repente, transforma-se num vencedor, num winner. É óbvio que, se eu for ter um conceito de vencedor, o sucesso profissional será somente um dos aspectos considerados, contudo que a aprovação é um amplo feito, disto ninguém duvida. Uma das lembranças de minha infância diz-se ao Guto.

Ele era um "cara" que, no momento em que eu tinha lá uns 8 anos, deveria ter uns 15 ou dezesseis e estava pela tabela dos "caras" respeitados. Tinha namorada, jogava bem futebol e o pessoal da vizinhança tinha-o como um daqueles cuja posição tinha que ser considerada, ouvida. Eu, pra diversificar, não jogava nada justo, estava pela relação dos mais crianças, era muito branco (cada diferença é fundamento de chacota) e, obviamente, estava "mal parado". Por este pretexto, era um daqueles que, de vez em quando, sofria alguma gozação, vitupério ou ameaça dos "caras" maiores e daqueles que, estando pela listagem dos respeitados, gostavam de construir-se em cima dos pequenos e mais fracos.

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Mas, a todo o momento que uma pessoa queria fazer alguma maldade, daquelas pequenas maldades (ou, algumas vezes, grandes) que são feitas no cotidiano, Guto intervinha, impedindo-a. O acontecimento de estar pela relação dos detentores de potência e fama era, pra em tão alto grau, indispensável. Certas vezes, vi-o proteger outros "normais" ou mal-afamados; algumas tantas, eu mesmo deixei de ser ridicularizado ou ganhar um tapa ou cascudo, em razão da generosa e gratuita intervenção do Guto.

Eu admirava sua atuação. É gozado, todavia eu de imediato descobri o Guto umas duas vezes e acabei de terminar ficando fisicamente bem superior do que ele. É gozado, dado que, quando o efeito, continuo a perceber-me menor do que ele, e permaneço agradecido. O episódio é que Guto influenciou-me bastante por sua maneira. Acadêmico X Profissional: Qual Mestrado Você Deve Escolher? , nanico que era, rodovia como era imprescindível ser potente pra estar protegido.

Mais do que isto, eu admirava teu jeito de socorrer os outros e sentia desejo de, um dia, ser potente e imitá-lo, salvar os mais fracos sem custo. Eu admirava o que ele fazia e, no fundo, sonhava em, um dia, ser forte e proteger os outros. Como Se Conceder Bem No Dia Da Prova! isso em razão de neste instante passamos da época em que a força física era a melhor forma de resolver as guerras. Hoje em dia, prevalece a força da caneta, do conhecimento, da eficiência.

Eu amo muito de ser juiz, vez que, ao fazer as atividades típicas do cargo, acabo podendo escoltar o agradável exemplo do Guto: defender o mais fraco ou o que tem explicação. Há horas em que o governo é a vítima; noutras (mais freqüentes), o cidadão. Seja como for, o cargo permite-me fazer o bem e, ainda, pagam-me por isso!

Podem até não ser os vencimentos de que eu gostaria, entretanto é um agradável valor, diante das condições do nação. Não é só No decorrer dos Dois Dias De Programação que há este vantagem de cuidar, e não haverá um Brasil melhor sem policiais, fiscais, auditores, promotores, defensores, servidores de todos os Poderes e níveis que estejam imbuídos de bem executar tua parte.