Sete Coisas Que Você Está Fazendo Falso No Linkedin

Foi minha avó que veio com a lição: guria, nunca dê audiência a oponente. Com isto, altiva, ela me aconselhava a nem ao menos tratar de gente desagradável, muito menos de tópicos que mereciam ser soterrados no esquecimento. E reproduzi o ensinamento a toda a hora que pude, até em meu jornalismo. Ora, teu tempo, leitor, é precioso.

Deveria consumi-lo com o que podes funcionar pra sua existência em vez de gastá-lo marretando o que não dá certo. Hoje, entretanto, contrariando essa compreensão, resolvi oferecer uma colherzinha pro chá de graviola. De imediato ouvir expressar dele? Pois que não deveria nem dar ouvidos. Dizem que este chá faz maravilhas, isso e mais aquilo.

No entanto, sem dúvida, sua função mais propagada seria combater o câncer. E aí, covardia, o estrago que podes fazer de gole em gole é grande. Foi a nutricionista especializada em plantas medicinais Vanderlí Marchiori, na atualidade presidente da Associação Paulista de Fitoterapia, que soprou a recomendação do cenário quando conversamos a respeito do hibisco para este website. Ela desta forma me perguntou se um dia eu pretendia alertar a respeito do zunzunzum em redor da graviola.

Voltamos a nos discursar, uma vez que o tal dia chegou. Todos os anos, no Brasil, surgem mais de 600 1000 novos casos de câncer. É uma multidão acometida com a doença, que se torna mais e mais comum até por causa do envelhecimento da população. E essa gente toda — o que é tremendamente notório — busca cada plano pra favorecer no tratamento.

Em seus labirintos da aflição, uma saída acompanhada do adjetivo “natural” ganha um apelo danado por não transportar aparentemente prejuízos. O chazinho de graviola entra por este saco. Porém, de inocente, não tem nada. Começa por aí: pra alguma coisa funcionar contra uma doença destas, teria de ser um medicamento, digamos, bombado.

Medicamento não é fruta madura caindo do pé que, se devorada com excesso ou fora de hora, no máximo provoca uma angústia de barriga no jururu. A toda a hora tem efeitos adversos. É uma dúvida de pesar custos e proveitos. Remédio à apoio de plantas ainda é medicamento. Tem de direção e muito cuidado.

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Não vale sorver chazinho esperando a cura de qualquer coisa como quem beberica água pelo motivo de, se o tal chazinho cura mesmo, é sinal de que você está tomando remédio de guti guti. E no caso do chá de graviola — ah, que engano… — nem ao menos isso. O chá de graviola nem sequer faz cócegas em um tumor. É, entendo, uma decepção… No universo da ciência, ocorre, fazer o quê! Mas aí é que está a desarrumação dos tempos modernos: tudo é eterno no tempo em que dura nas redes. Os cientistas sabem que a família da graviola — a Annonaceae, como preferem os botânicos — é lotada de substâncias chamadas acetogeninas. Guarde esse nome. Exercem parcela desse grupo aquelas frutas com a polpa branquinha e cremosa cerca de diversas sementes, guardadas numa casca verde, durinha, que todavia se abre sem o pequeno empenho das mãos quando estão maduras.

A fruta-do-conde é uma prima da graviola, tendo como exemplo. Em matéria das tais acetogeninas, as folhas da gravioleira parecem mesmo imbatíveis. Daí todo o mito do chá feito delas. Que aparentemente ajudaria a retirar o câncer. Possivelmente. Pego o fio dessa meada pra ti perceber: nas lâminas dos laboratórios, as acetogeninas da graviola arrasaram, sim, com células de câncer. Atacaram com rapidez deslumbrante demonstrações malignas de pulmão, de cólon e de glóbulos brancos doentes, típicos da leucemia.

Todavia tudo ficou por aí. Uma coisa é associar células e candidatos a medicamentos em vidrinhos. Outra é o vamos-visualizar do organismo. O efeito das folhas da gravioleira não se repetiu nem ao menos em ratinhos de laboratório, que seria a época posterior na trajetória clássica que leva a um novo medicamento.

No entanto, muito pior, os estudos não foram adiante por causa de surgiu o cheiro da fumaça: as acetogeninas da graviola isoladas em extratos são suspeitas de degenerar células nervosas, levando ao desenvolvimento do mal de Parkinson. É o que os cientistas observam em habitantes das Antilhas francesas, que consomem com periodicidade este extrato natural.

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