Quando A Trapaça Vira Estratégia No Relacionamento |
SÃO PAULO - O quarto dia da greve dos caminhoneiros afetou diretamente o transporte público na cidade de São Paulo. Ônibus de linhas municipais e intermunicipais circularam nessa quinta-feira, 24, mais cheias e com superior intervalo. No horário de pico, cerca de 15% da frota prevista não estava circulando, por conta da ausência de combustível. Antes do anúncio da suspensão da greve, a Prefeitura previa que 50% da frota poderia ser afetada nessa sexta-feira.
Agarrar ônibus foi tarefa difícil no começo da noite desta quinta-feira, 24. Quem trabalha pela localidade central da capital viu pontos cheios e veículos igualmente lotados, impossibilitando o embarque. Aldeni Oliveira de Sousa, de trinta e nove anos, estava havia mais de 30 minutos esperando por um ônibus pela Via Rio Branco pra deslocar-se a Pirituba.
“Já passaram 4 ônibus, contudo a gente não consegue entrar de tão cheio que estão”, argumentou. O marceneiro Celso Vidica, de 44 anos, também aguardava por mais de 20 minutos pra escoltar até o Terminal Nova Cachoeirinha. “Não entendo quanto tempo vou demorar para vir em residência, os ônibus chegam lotados”, falou. Em alguns locais, as pessoas estavam indo a pé até as estações de metrô. A costureira Adriana Mota, de 44 anos, alegou ter esperado por 30 minutos por um ônibus no Agradável Retiro.
“Como não passava nenhum, eu e minhas colegas decidimos vir a pé até a Barra Funda. Andamos por 25 minutos”, descreveu. A costureira Iraci de Jures, de 41 anos, assim como fez o rumo a pé. Segundo ela, o chefe da empresa propôs aos funcionários saírem mais cedo nesta quinta ou comparecer mais tarde nesta sexta. “Ele entende que será trabalhoso aparecer.
No terminal Barra Funda diversas linhas de ônibus estavam com frota reduzida no início da noite e era extenso a quantidade de passageiros. A linha 9191-10 do Jardim Elisa Maria-Agradável Retiro operava com só 50% da frota, que é de quarenta veículos neste horário. A linha 9784-Jardim dos Francos só estava operando com 12 dos vinte veículos. A Prefeitura citou que, na manhã, as empresas circularam com até 97% da frota programada. Nesta sexta-feira, o rodízio de automóveis está mais uma vez suspenso. “A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes ordenou que a SPTrans e a CET reforcem as equipes de via para guiar os passageiros e motoristas sobre as mudanças”, informou a Prefeitura.
Aeroportos. O protesto dos caminhoneiros teve reflexos bem como nos aeroportos. Muitos tiveram de acionar planos de contingência para assegurar o abastecimento dos aviões. Mesmo portanto, voos tiveram de ser cancelados. A Azul, por exemplo, suspendeu treze voos que ocorreriam pela tarde desta quinta-feira, 24, tendo como partida ou destino os aeroportos de Recife, Fernando de Noronha, Perfeito Horizonte, Vitória, Natal, Juazeiro do Norte, Campina Enorme, Belém, Campinas e Goiânia.
A Gol enviou comunicado aos compradores recomendando que os passageiros verificassem a situação dos voos antes de se deslocarem aos aeroportos. A organização argumentou que está aplicando medidas de contingência em toda operação, “mantendo as ações necessárias para minimizar os impactos aos seus clientes”. Filas. As longas filas de automóveis que se formaram nos postos, nessa quinta-feira, 24, interrompendo o tráfego de grandes avenidas, revelaram o desespero dos paulistanos para encher o tanque do carro antes que o combustível acabasse.
“Não imaginava que teria essa fila. Eu me assustei”, citou a advogada Andréia Takamatsu, de 44 anos. De repente, ela percebeu que outro motorista queria passar em sua frente e reagiu. A luta dos clientes para abastecer primeiro ocorreu já que os estoques de combustíveis agora estavam no término. “O combustível nos postos de gasolina do Estado de São Paulo tem que terminar ainda hoje (ontem)”, disse o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo, José Alberto Paiva Gouveia.
Ele explicou que normalmente os postos têm estoque pra dois ou 3 dias e estão sem ganhar combustível desde terça-feira. No posto que Andréia abastecia, perto do meio-dia a gasolina comum tinha acabado. De 8 bombas, 3 estavam fechadas. “O povo está desesperado”, citou o gerente do posto, Antonio Nogueira, em meio a um buzinaço de freguêses impacientes.
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