Am J Public Health 2018; 85(6):777-785 |
De um lado do ringue, um divã, um terapeuta e semanas, meses, anos de muita discussão. Do outro, uma pílula que poderá acabar com os problemas rapidamente. Nessa competição, a medicação vem ganhando pontos. Uma pesquisa americana publicada em 2011 concluiu que menos de um terço das pessoas em tratamento com um antidepressivo consultaram um psicólogo ou psiquiatra no decorrer de um ano. Entre aquelas que tomavam mais de um antidepressivo, menos da metade compareceu a uma consulta. O estudo efetivado pelo Centers for Clique neste website and Prevention analisou dados de 2005 a 2008 e indicou, ainda, que 11% dos americanos com idade acima de 12 anos tomavam antidepressivos. A tendência é a mesma no Brasil.
Entre 2010 e 2014, por exemplo, a venda de anticonvulsivantes e de antidepressivos e estabilizadores do humor aumentou em torno de vinte e cinco e 58%, respectivamente. Os detalhes são da IMS Health Brasil, que procura infos do setor da indústria farmacêutica. No caso dos anticonvulsivantes, entre eles o Rivotril, a venda passou de 40 milhões de unidades para cinquenta milhões. Prontamente a comercialização de antidepressivos e estabilizadores de humor, como o Amytril, saltou de vinte e nove pra quarenta e seis milhões, enquanto a de antipsicóticos, como o Haldol, passou de 12,seis pra 16 milhões.
Em níveis mundiais, o Brasil está em quarto território no consumo de estimulantes - medicamentos usados no tratamento da obesidade e do TDAH -, ficando atrás só de EUA, Argentina e Alemanha. Contudo o que todos estes números sugerem? O aumento do consumo de psicotrópicos, pelo menos nos Estados unidos, está implicando uma queda no tratamento combinado com psicoterapia, conforme o estudo do Centers for Disease Control and Prevention.
O paciente está cada vez mais sem paciência: quer rapidez no tratamento, praticidade e redução dos gastos - é necessário levar em consideração o alto custo das sessões de psicoterapia. O mau emprego destas medicações também necessita ser considerado no acrescentamento do consumo. Não é incomum, como por exemplo, o caso de estudantes que fazem uso estimulantes “emprestados” do colega pra acrescentar teu desempenho em dia de prova.
Outro viés nesse mau exercício das medicações psicotrópicas é a intolerância das pessoas a momentos de infelicidade ou de angústia. Ocorrências que são esperadas na existência de cada um, todavia cada vez mais administradas com medicamentos que, no fim das contas, podem não ter nenhum efeito ou serem prejudiciais. No entanto não é só isso: há também um universo de pacientes que não tinham diagnóstico correto e que hoje fazem uso de medicação.
É o caso do déficit de atenção em adultos, uma doença que não era muito diagnosticada nesta faixa etária. As indicações terapêuticas alternativas dos medicamentos neste instante existentes e a introdução de novos remédios no mercado também influenciam a ascensão do exercício de psicotrópicos. Antidepressivos e ansiolíticos são receitados, cada vez mais, para mulheres que sofrem de TPM ou estão pela menopausa. A dapoxetina, pertencente à mesma classe da fluoxetina, foi montada a princípio como um antidepressivo e é utilizada para tratamento da ejaculação precoce masculina. Porém, antes da dapoxetina e de outras novidades que garantem levar a cura ou o controle de sintomas com menos efeitos nocivos, é preciso relembrar como essa revolução começou.
No término da década de encontrar mais , chegava ao mercado a pílula da felicidade, o Prozac (fluoxetina), que transformaria radicalmente o tratamento da depressão ao cortar os efeitos colaterais em ligação aos medicamentos existentes. Teu sucesso estimulou o surgimento de drogas similares no mercado, como os antipsicóticos atípicos (risperidona), que puderam cuidar o cérebro em si. Desde o desenvolvimento do Prozac até hoje, existe um capítulo essencial nesta história: o decênio de 1990 nos Estados unidos foi marcada por investimentos em pesquisas e no desenvolvimento de outras tecnologias para a investigação e o tratamento de doenças mentais.
A partir de assim, a ressonância magnética e a tomografia aperfeiçoaram o mapeamento das áreas cerebrais, um salto pra neurociências. Este Recurso do site de mais medicamentos, claro. Outro ponto significativo na prosperidade do consumo dos psicotrópicos é a prescrição feita por médicos de muitas especialidades. Ainda que não haja detalhes oficiais, é ponto pacífico entre os especialistas que quem mais prescreve antidepressivos no mundo e no Brasil não são os psiquiatras, mas o conjunto das novas especialidades médicas. Um relatório da Anvisa, de 2009, sinaliza esse desvio, já que uma grande quantidade de remédios para redução de calorias, por exemplo, é receitada por não especialistas.
No levantamento, há, entre os maiores prescritores do Brasil, um especialista em medicina do tráfego, um ginecologista, um dermatologista e um pediatra. Muitas doenças, como déficit de atenção, esquizofrenia e transtorno bipolar, têm sido comumente tratadas apenas com medicação. Entretanto, a associação dos remédios à psicoterapia é recomendada na maioria dos profissionais. “Alguma modalidade de terapia sempre é importante, nem ao menos que possa ser para a psicoeducação do paciente com ligação ao tratamento.
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