Comandada Por Guilherme Isnard, ZERO Celebra trinta Anos De 'Carne Humana' Em Show O Dia |
Rio - A poderosa voz de Guilherme Isnard e a poética sonoridade do ZERØ estão de volta. Um dos ícones do rock nacional pela década de 1980, a banda faz show sexta-feira, às 21h30, no Teatro Solar de Botafogo, com uma nova (e não menos talentosa) geração. No palco, a velha e contagiante pegada para celebrar os trinta anos do LP 'Carne Humana', um dos mais primordiais álbuns da criação BRock, com os glorificados e melódicos hits "Quimeras" e "A Luta e o Alegria".
O que você espera deste reencontro com o público carioca após tanto tempo? Sou um carioca do Leblon que em 1978 mudou pra São Paulo onde montei o ZERØ. Mesmo sendo considerado um músico paulista, e o bairrismo sempre existiu, o Rio de Janeiro nos recebeu muito bem. Nos anos oitenta lotávamos as temporadas no Teatro Ipanema e confio que repetiremos o êxito no Teatro Solar de Botafogo. É o que a animação nas redes RedeTV! Em Rede Contigo .
O que a banda tem a dar neste show? Será nosso segundo show na turnê comemorativa do trigésimo aniversário do LP Carne Humana. O que representa reverter à ativa depois de em tão alto grau tempo? Pedra que rola não cria musgo e o pedregulho aqui estava quieto cuidando dos filhos e acumulando limo prontamente há longo tempo.
A única coisa que me deixa mais feliz do que o palco é o estúdio de ensaio. Adoro ensaiar. Acompanhar um arranjo tomar maneira é assistir ao encontro de cada 'I' com teu pingo. A repetição que entedia alguns, me estimula.
Progredir através dos erros é uma metáfora da existência. Por que a opção por uma nova criação? Não existe só uma razão. A primeira desculpa é geriátrica: a turma da criação clássica está toda em volta dos sessenta anos e sem muita aplicação pra desafiar as agruras da via. A segunda é geográfica. Estamos espalhados por 3 estados: Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, o que representa um defeito econômico (passagens, hospedagens) e logístico, com a distância impossibilitando a rotina de ensaios.
Também, o ZERØ finalizou as atividades no encerramento dos 80, começo dos 90, pontualmente por concordarmos que havíamos esgotado nosso cenário. Desde pois, já nos reencontramos muitas vezes nos palcos e estúdios e eu sou o único que traz outras canções. Você hoje mora em Nova Friburgo e 'escalou' músicos locais. Nova Friburgo é um reconhecido celeiro de talentos e excelência musical. Berço natal do mestre Benito de Paula e artístico de Egberto Gismonti, Marcos e Paulo Sérgio Valle, entre muitos outros.
Após o Festival de Friburgo e o show no Rio, vocês pretendem sair em excursão. Qual o futuro da banda Zero? Deus no comando, a todo o momento! Como você se define como cantor? Essa compreensão mudou muito por meio do tempo. No início me considerava um bardo, não um cantor. Alguém que, por falta de quem o fizesse, ousava ser porta-voz melódico de um pensamento ou de uma epifania.
Neste sentido, é especialmente o que continuo a ser. Curso Violão Do Zero canto as minhas verdades, minhas experiências pessoais. Às vezes, por licença poética, carrego um pouco nas cores, porém minha constituição é basicamente vivencial. Como avalia o Rock dos anos 80?
Defendo a tese de que o decênio de 80 extrapola a atividade do calendário. Não retrata só um ciclo no tempo, um ciclo cronológica, ou um sentimento nostálgico. Anos 80 é sinônimo de música bacana, ponto. Qual O Melhor Violao Para Um Novato? geração conseguiu derrubar na primeira vez o predomínio da programação de música estrangeira no rádio.
Adaptamos a trabalhoso tonicidade paroxítona do português ao ritmo importado e criamos a circunstância poética de expressar complexas dúvidas políticas, existenciais e sociais. Fomos em tal grau pioneiros quanto desbravadores e jamais poderíamos jogar um futuro tão negro quanto esse em que vivemos.
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