Como Passei De Primeira E Estudando Sem Cursinhos |
O cenário se restringia a um jogo de luzes e gelo-seco digno de um show de formatura. Pela área nobre da platéia, a primeira fileira era reservada aos jurados. O público reunia homens e mulheres que pareciam se ver, como os moradores de uma cidade do interior que se descobrem no baile da rainha da primavera. Sem glamour nem sequer empolgação (e também sem muita lindeza), as candidatas se esbarravam umas nas novas, sorrindo e contorcendo o pescoço sempre que desfilavam ao som de Alexandre Pires. Na platéia, o grupo mais animado era a caravana de Goiás - uma minitorcida de meia dúzia de pessoas que entoava gritos de apoio à representante do estado.
No resto do estado, quase ninguém deu bola. Instituto Federal Fluminense , todavia estes concursos ainda existem. E, por mais cafonas e machistas que sejam, estão afastado de ser decadentes. Ok, não há como rejeitar que no Brasil guerras de mulheres bonitas desfilando com pouca roupa perderam a graça e a relevância há ao menos 20 anos.
Entretanto, no resto do universo, o caso (as mulheres e o público) é outro. O Grand Slam da boniteza está cada vez maior - 106 países se inscreveram na última edição do Miss Mundo, batendo todos os recordes de participação. Cinco bilhões por ano, mais que o PIB de 50 dos países do globo.
Dez milhões. Além dos direitos sobre o evento, ele assim como recebe cerca de 20% sobre isso os honorários da campeã, que durante seu reinado não costuma se erguer do trono por cifras com menos de 5 dígitos. 80 1 mil e ganha o correto de mandar uma candidata ao concurso. Prontamente, sediar o evento é um pouco mais complicado.
20 milhões pra abrigar o espetáculo. Mais de 90% da grana veio dos cofres do governo, que pôde veicular no decorrer do programa, em rede internacional, um documentário sobre o assunto a nação. Duzentos milhões. Dez vezes mais que o investimento inicial. Nada disso seria possível se a batalha não fosse um sucesso.
Em 2007, foram 600 milhões de telespectadores - ou melhor, 1 em cada 10 pessoas do planeta assistiu o evento. Desde que o universo é mundo, mulheres bonitas são escolhidas como símbolos de virtude, sorte, carinho. No entanto a idéia de obter dinheiro com isto surgiu no final do século 19, no momento em que jornais de Paris, empolgados com a popularização da fotografia, publicaram fotos de mulheres para eleger a mais elegante francesa. Fez estrondo, vendeu jornal, chamou anunciante.
E visualize que era só foto de rosto. Pense se fosse de corpo humano inteiro e quase sem roupa… Uma fábrica de roupas de banho chamada Catalina imaginou. E, em 1952, criou em Long Beach, Califórnia, um concurso de mulheres desfilando de maiô. A Universal Studios investiu na proposta e o evento adquiriu o nome de Miss Universe.
Em Edital Das Provas Da PM Sai Em Julho O Dia , virar Miss Universo passou a ser o sonho de nove em cada 10 terráqueas. Os concursos de beldade tinham se tornado uma ótima chance pra retirar garotas do anonimato. “O papel da mulher sempre foi limitado ao universo privado. Vencer um concurso era, e ainda é, uma forma concreta de ocupar um lugar de destaque pela existência pública”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg, professora da UFRJ e autora do livro O Corpo humano como Capital. Saiba Qual A Diferença Entre Diploma E Certificado o evento de os maiores clientes desse mercado serem regiões onde mulheres e homens não estão em pé de igualdade. Todas as nações árabes, a título de exemplo, transmitem os grandes concursos de boniteza.
Os países com mais tradição, levando em conta vitórias, participação e audiência, são Venezuela, Porto Rico, Índia, China e EUA. E não é exótico os Estados unidos estarem nessa relação. “A cultura americana é baseada na aparência. Eles gostam de brigas e gastam muito com o corpo”, diz Mirian. De fato, os EUA alimentam este negócio como nenhum outro nação.
Todo ano, 3 milhões de americanas disputam concursos de beleza. Lá, a tradição começa cedo - há até categorias pra rapazes de 0 a doze meses - e acrescenta títulos como Miss Encantadora de Serpentes e Conselheira Nacional dos Laticínios. As feministas, claro, torcem o nariz. Desde o decênio de 1960, os protestos contra os eventos são constantes.
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