Guia Do Concurseiro Newbie: Perguntas, Medos E Preparação |
Pela universidade de Medicina, Monique França não foi conhecida como estudante do curso em mais de uma ocasião, inclusive até quando participava de atendimento. Teve de lidar, já como médica, com uma paciente que se recusou a ser atendida por ela. Aos 28 anos, Monique coleciona uma listagem de obstáculos que teve de passar até conseguir chegar ao diploma -o que faz com que ela relate os 2 episódios com uma certa tranquilidade. Nascida em Niterói e desenvolvida na Cidade de Deus, zona oeste do Rio, Monique se formou em medicina na Uerj (Instituição do Estado do Rio de Janeiro) no ano anterior.
Apesar de representar mais da metade da população brasileira, calcula-se que em torno de 20% dos médicos são pretos ou pardos. As desigualdades assim como estão na universidade. Ser preto no Brasil aumenta a expectativa de fracasso escolar entre sete e 19 pontos percentuais mesmo considerando alunos com pais que têm o mesmo perfil de escolaridade, o ensino fundamental completo. Neste estudo de 2012, da pesquisadora Paula Louzano, o fracasso escolar foi medido na repetência e evasão de alunos do 5º ano.
A mãe de Monique França é cabeleira, negra, foi empregada doméstica por quase toda a existência e assimilou a ler aos 25 anos. Ao lado do pai, motorista, a todo o momento colocou o valor da educação acima dos defeitos, diz a filha. Na 8ª série, por iniciativa da mãe, Monique conseguiu uma bolsa em uma universidade peculiar.
Mesmo ficando numa turma entre os trinta melhores da escola, não conseguiu atravessar de primeira e partiu pro cursinho. Foi a secretária do cursinho que comentou para ela sobre cotas. Lançamento De Livros Sobre o assunto Samba Reúne Bambas Na Zona Sul Do Rio O Dia horas no ônibus entre a universidade e a moradia. Pela primeira prova, tirou 3,8. Teve complexidade de apreender o modo de avaliação. No entanto um 9,oito veio já no segundo teste. Hoje Monique faz casa em Medicina de Família e Comunidade em uma clínica municipal do Rio, depois de ter feito um curso em Cuba.
Com a melhora pela renda, mudou-se pra um ambiente próximo ao trabalho e está reformando a residência da família. Foi também pela Uerj (que passa por delicado recessão financeira atualmente) que Irapuã Santana, 30, ingressou no ensino superior. Havia estudado bem como com bolsa em instituição peculiar. A escola foi, como no caso de Monique, uma novidade na família: o pai, maquinista, fez até o ensino médio. A mãe, do lar, só pôde estudar até a 4ª série.
4h30 para conquistar realizar a tempo o caminho de Maricá, município da região metropolitana do Rio, onde morava, até o campus, no Maracanã, na zona norte da capital. Após formado, Santana foi o primeiro advogado negro de um extenso escritório no Rio, engatou um mestrado, passou em concurso para procurador, escreveu seu primeiro livro e fez um curso pela instituição Yale (EUA). Hoje é professor universitário, está para concluir o doutorado e atua como assessor do ministro Luiz Fux, no STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília.
As condições de existência melhoraram, e Santana entende o lado afirmativo de cuidar de inspiração. Mas os reflexos do racismo, diz ele, não seguiram a mesma tendência. O professor Luis Augusto Campos, do Gemaa (Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa), explica, comparando pessoas da mesma classe social, os pretos e pardos ainda têm maior problemas de ascensão social.
O grupo tem acompanhado o funcionamento de cotistas e não cotistas nas Blog Do Fernando Rodrigues . Em avaliação recente na Uerj, a diferença no desenvolvimento acadêmico dos dois grupos não chega a 0,5 ponto. Campos, que ainda sente inexistência de uma avaliação institucional da política. Como Preparar-se Sozinho Para o Vestibular: Aprovados Dão Dicas do Enade analisados na Folha que, em trinta e sete de sessenta e quatro cursos, as notas dos cotistas raciais tem uma média inferior a 5% do que a dos não cotistas.
Nos outros 27, as médias dos cotistas raciais são semelhantes (até 5% menor) ou superior. O Enade permite discernir uma realidade ampla, porém tem limitações. Não há garantia de empenho dos estudantes pela prova, uma vez que a nota não conta para o estudante -a reportagem excluiu dados de quem deixou a prova em branco. Outra dúvida é de amostra.
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