Em junho de 2013 o Brasil testemunhou, maravilhado, a irrupção extraordinária de uma das maiores mobilizações de massas na história recente do país. A causa desencadeante era teoricamente diminuta - literalmente expressa em centavos,2 não fosse teu valor de "gota d’água" (no fatídico dia 20/6/2013, quando a nação parou, um cartaz pela Cinelândia dizia: "descobrimos o valor da gota d’água: Vinte centavos"). Ou antes, digamos com a rede, seu potencial de viralização. Vale contar: tua inteligência enigmática de trazer, impulsionar e congregar milhares de indivíduos - ou de perfis (como veremos adiante). Acontecimentos como este deixam muito a debater e um rol de questões que é sério tentar não diminuir prontamente ao que neste instante sabemos.

Trata- A Vivo Fibra Televisão Utiliza Iptv Né ? , porque, de uma ocorrência complexa e sobredeterminada. Evidentemente se por suporte ela interpela, e arrisca mesmo romper com a mediação política, não se equipara por inteiro a um esvaziamento da política. Ao inverso, poderá-se contar que resta daí uma "procura de política" (SAFATLE, 2011); o clamor por uma liderança que indique como escoltar adiante após esta primeira época, e que demonstre como dar os próximos passos - em que direção?

Por outro lado, na contraface nesse âmbito mais espaçoso da economia e dos governos, surge uma nova sensibilidade política. Uma nova maneira de participação que transforma a insatisfação em acontecimento - por meio de ações pontuais, que apostam não nos ideais, nos fins, contudo numa efetividade dos meios, da presença real.

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Como se trata de elementos originados no procedimento de formalização da linguagem que está pela base da ciência moderna, sua força de mobilização coloca em dúvida os modos de representação que nossa contemporaneidade atravessada pela ciência oferece à subjetividade. De qualquer jeito, a cada dia surgem ocupações, rolezinhos, e incontáveis tipos de aglomerações instantâneas que recusam o espaço institucional tradicional e se articulam através de redes de comunicação escolhas. A estratégia consiste principalmente em tomar um espaço público - central ou periférico (praças, esplanadas, cruzamentos, shoppings) - e com a acessível presença dos corpos ali, convertê-lo em espaço político.

Assim, os manifestantes esclarecem outro funcionamento da cidade - como suporte, como campo de confronto, e ao mesmo tempo região de uma interdependência que eles anunciam e usam em sua intervenção. Sabendo que o bloqueio de um cruzamento sério compromete toda a circulação, os manifestantes usam "a cidade como arma para tua própria retomada" (MOVIMENTO PASSE LIVRE/SP, 2013, p.16).

Pelo que gera de transtorno na organização habitual dos territórios, a gestão dos fluxos do espaço urbano expressa revolta, indignação e protesto, na sua radicalidade. Fazendo ressoar a dificuldade superior do alheamento em conexão aos processos políticos, econômicos e outros que determinam a vida social, cada manifestação ou ocupação é ao mesmo tempo lugar e global. Nas expressões do Movimento Passe Livre, "A organização descentralizada da disputa é um ensaio para outra organização do transporte, da cidade e de toda a população" (MPL/SP, 2013, p.17). Falou-se bastante das manifestações que ocorreram no Brasil como um grito, mas o que diz esse grito, o que diz 'a voz das ruas', como nomeou a presidente Dilma Rousseff, é mais complexo de isolar.

Verdadeiramente, essa foi mesmo uma das surpresas trazidas pelas algumas maneiras de participação que surgiram: onde estava o discurso? O carro de som com as palavras de ordem? Onde estavam os líderes? Aproveitando, e ampliando, o assombro do repórter, quem sabe se possa contar que há, aí mesmo, uma fronteira: "eles não fazem uso cartazes".

Ou, pelo menos, na sua recusa da luta pelo poder, abominação dos partidos e demasiado entidades de representação política de cada tendência, aqueles rostos cobertos retiram os cartazes do discurso reivindicativo. O Que é IPTV? iniciados na rede e totalmente articulados de lado a lado das algumas tecnologias de intercomunicação evidenciam, a cada dia, que essas tecnologias não são apenas ferramentas de definição do universo. Elas são formas outras de constituição e desconstrução da realidade. Quando uma pessoa atua por meio dessas chamadas "redes sociais" não está simplesmente reportando algo, mas está bem como gerando, engendrando, transformando o real - alterando, de modo inédita, o ativismo político e social e os modos de participação no discurso.