20 Comidas Saudáveis E Econômicas Pra Tua Dieta |
Pela Brasilândia, uma mulher revira a caçamba de lixo em procura de comida e se afasta quando cachorros começam a disputar um saco de lixo recém-rasgado. A poucos metros, a dona de residência Tatiana Diniz Souza, trinta e quatro, ajuda o marido a desenvolver um barraco à beira do córrego do Bananal, para onde escorre o esgoto das casas de alvenaria criadas pela margem oposta.
O cansaço só não é superior do que a fome. O bairro no extremo norte da cidade é um dos que mais sofrem com a desnutrição. Lá moravam nove das 105 gurias de até quatrorze anos que morreram em consequência da inanição de 2005 a 2015, segundo levantamento feito pela Folha com fatos do Datasus. Enquanto Tatiana conta sua história, a vizinha Maria Amélia da Penha, 32, se aproxima e também compartilha tua realidade. Ela conta que não faz ideia do que irá ingerir no dia seguinte e muito menos seus cinco filhos, incluindo o moço de um ano.
A 47 km dali, no Grajaú, a ocorrência é parecida. Estes números não incluem as circunstâncias da morte, como doenças que causam má absorção e não têm ligação obrigatoriamente com a fome, no entanto são os mais próximos disponíveis pra retratar a falta de alimentos. Pela residência da moradora Ivone de Fátima Gonçalves, trinta e nove, a filha Maisa, 5, almoça pela faculdade, no entanto sempre chega com fome em moradia. Pela semana passada, ela tinha banana para dar de lanche à guria, mas não é sempre que é por isso.
Mulheres do Grajaú, que distribui alimentos doados. O pacote de feijão só aparece na despensa de Camila Oliveira, 35, já que os moradores da ocupação Jardim da União, também no Grajaú, onde ela mora, fizeram uma vaquinha pra lhe comprar mantimentos. Mãe de dois filhos, ela obteve a reportagem depois de tentar convencer a filha que não tinha mais da vitamina que ela tinha acabado de fazer. A circunstância é melhor pela vizinha Francisca Cidiane, 32, que tinha acabado de dar arroz, feijão e carne de almoço para os quatro filhos. No entanto nem sempre foi desse modo. Basta uma buzinada para os moradores do Morro da Mutuca, em Parelheiros, no extremo da zona sul, saírem de seus barracos e tomarem a estrada de terra.
O som anuncia a chegada de doações e provoca correria e preocupação. As mulheres logo se enfileiram atrás da pick-up que traz cestas básicas, cobertores, litros de leite e pirulitos. A líder comunitária Marta de Jesus Pereira tenta organizar como podes a distribuição. A dona de residência Nadia Virginia dos Santos, 43, comemora o fardo com mantimentos que conseguiu segurar, contudo não por bastante tempo.
Sua ansiedade é com a alimentação do caçula Erenildo, cinco, que sofre de constipação crônica e pedras nos rins. Ele não podes consumir gordura e só se alimenta de grãos integrais. Como esses itens são caros, ela gasta quase todo o orçamento da família pra preservar a dieta do fedelho e sobra pouco para oferecer de consumir pros outros dois filhos pequenos. As crianças almoçam na faculdade, e a cesta que conseguiu pegar dura no máximo duas semanas. Ela critica a farinata proposta na gestão Doria.
Pela residência vizinha, Germinia Pereira de Moraes, 54, se emociona ao falar do defeito em alimentar os três filhos. Ela abre a despensa e mostra o pacote de arroz pela metade, o único mantimento no armário. A única referência de renda da família são os bicos que ela faz em um sítio próximo. Para André Luzzi, conselheiro da ONG Ação da Cidadania contra a Fome, relatos como os descritos acima caracterizam circunstâncias de fome. A inconsistência em relação ao que vai botar no prato dos 10 filhos é constante na residência de Valdeilma Alencar da Silva, 40, assim como moradora do Morro da Mutuca. Uma das crianças lhe pediu para consumir um tomate, um dos poucos legumes que ainda restavam pela geladeira pra ela cozinhar uma sopa.
Os alimentos são doados por feirantes em Parelheiros, onde ela faz bico aos finais de semana ajudando a desenvolver as barracas e enxergar os carros dos frequentadores. Ela junta os legumes com a cesta básica que ganha uma vez por mês da igreja que frequenta. A família numerosa acaba com os mantimentos em duas semanas. As garotas saem de moradia pra a faculdade sem ingerir nada e dependem da merenda para almoçar. O casal de desempregados Jeferson Oliveira da Silva, vinte e nove, e Kátia Regina de Araújo, 36, nunca entende ao correto como serão as refeições do dia.
Eles vivem na comunidade do Cimento, à beira da Radial Leste, próximo do viaduto Bresser, onde por volta de 500 moradias improvisadas com madeira formam a favela. É pela instituição em que estudam que os meninos localizam cardápios balanceados no café da manhã e no almoço. Quando não estão em dia de aula, a indecisão persiste. Silva. Naquele dia, eles faltaram no colégio. Do barraco ao lado vinha um agradável cheiro de alho frito pela panela. Tu poderá ver de perto + detalhes sobre o assunto http://www.cheapchristianlouboutinshoes.in.net/como-perder-barriga-sem/ .Ali um homem preparava a refeição do dia: arroz, feijão e couve. A reportagem perguntou ao vizinho se ele costumava dividir com os além da conta moradores.
Sobre a farinata que Doria cogita ofertar como complemento alimentar, Silva diz que até aceita provar. Outros moradores da comunidade rechaçam a ideia, mesmo sem conhecê-la em detalhes. A gestão João Doria (PSDB) diz ter uma série de ações para distribuição de alimentos in natura e promete ampliá-las. Dessa forma, procura amenizar a polêmica ao redor da farinata, que passou a ser tratada como política secundária.
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