Pretendo Meu Ex-namorado De Volta

RESUMO O antropólogo, conectado à Rede Sustentabilidade, critica discurso a respeito do "golpe" e reafirma a ideia de que conservadores e progressistas conseguem conviver em uma democracia. Seria possível descobrir laços potenciais e fontes políticas e morais a falar sobre este tema, apesar da difusão da ideia de que o país se descobre dividido. Parece existir um consenso sob os escombros da política brasileira, um acordo tácito abaixo da linha de fogo: todos reconhecem que a atmosfera está envenenada pelo ódio e por polaridades radicalizadas.

Isto torna proveitoso o serviço da perícia. Está na hora de recolher vestígios e mapear rastros, pela probabilidade de que nos levem ao mapa da mina. Em algumas expressões, o apelo bélico não soa bravo, porém estritamente defensivo, o que torna a imagem da disputa coerente com a noção de paz, ocasionando a convocação pra batalha em apelo à paz. A instauração da polaridade golpistas versus resistentes limita as experctativas políticas e fecha, em torno do próprio eixo, o circuito dos sentidos e das identidades. Por mais que os agentes políticos reunidos em volta das frases de ordem "não vai ter golpe" tentem se diferenciar, tua subsunção pelo polo governista é inevitável.

A potência gravitacional da polaridade exclui, desautoriza e invisibiliza enunciados optativos, que se constroem a partir de algumas referências. São expelidas para as margens as afirmações daqueles atores cujos posicionamentos e pontos de vista fogem ao círculo de ferro desta dramaturgia simplificadora e belicista. A opção pela enredo do golpe traz consigo implicações graves, que conseguem promover resultâncias negativas pra própria coalizão que se formou em torno da "resistência ao golpe". Se impeachment é golpe, como os membros desta aliança se relacionarão com os demasiado atores políticos, com as corporações -o STF, o MP, a Polícia Federal, o Congresso Nacional, as Forças Armadas? Como se relacionarão com a própria legalidade? Lista De Provérbios E Sentenças Em Latim atuarão pra opor-se ao "golpe"?

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• 16 de abril de 2014 às 22:Cinquenta e três / Responder

Se o impeachment fosse "golpe de Estado", caberia às Forças Armadas agir em defesa da ordem constitucional. Robert Rey, O Dr. Hollywood: 'Vou Ser O Presidente Do Brasil' O Dia à presidente convocá-las, do mesmo jeito que decretar estado de sítio. Fosse golpe, os representantes da legalidade teriam de prender os golpistas, uma vez que estariam cometendo crime. O Namoro Ou Amizade? do golpe?

Que diálogo travar com atores políticos envolvidos no golpe? E nas ruas, que limites os militantes estariam obrigados a acatar, se a legalidade estivesse rompida? Qual o grau de selvajaria aceitável ou necessária pra proteger a legalidade afrontada pelo impeachment? Em síntese, a narrativa do golpe pode ter pernas curtas, golpeando-se a si mesma até murchar de vez, reduzida a muxoxos tristes e ressentidos. Ou poderá, caso sobreviva aos dias que correm, atropelar o pacto constitucional, isolar as esquerdas, promover a hostilidade e suscitar retrocessos impensáveis.

Golpe não é conceito, é categoria descritiva com efeitos práticos e rendimento político. Há enredos contrárias ao impeachment perfeitamente plausíveis, mais afetas a guerras políticas civilizadas. Renunciar à retórica do golpe é um imperativo para que se restabeleçam condições de diálogo construtivo. Nem sequer portanto seria preciso apoiar com o impeachment.

Há narrativas possibilidades favoráveis ao governo perfeitamente plausíveis. A título de exemplo: ao encaminhar os procedimentos com vistas ao impedimento de Dilma Rousseff, em seguida perder maioria pela comissão de ética que o julgava, o presidente da Câmara não se vingou. Fez pior: cometeu ato passível de tipificação como "desvio de meta", uma vez que objetivava tornar teu autor imprescindível às oposições e gerar recinto diversionista, no qual sua circunstância crítica tornar-se-ia secundária. Além disso, o controle da condução dos trâmites pro impeachment equivaleria a valorizada moeda política, ampliando, deste jeito, tuas condições de sobrevivência.

Há mais: Eduardo Cunha é réu em procedimento criminal no Supremo, o que bastaria, legalmente, pra retirá-lo do cargo, uma vez que ele seria o terceiro pela linha de sucessão presidencial, sem demora na iminência de tornar-se o segundo. A presença de Cunha pela origem do recurso o macula, dos pontos de vista ético e político, apesar de que não prejudique a substância da acusação contra Dilma. Considerando, deste jeito, enfim, a substância das acusações, cuja admissibilidade foi julgada na Câmara, em 17 de abril, é razoável aguentar que não houve crime de responsabilidade e que, portanto, o caso deveria ter sido encerrado.

É minha posição pessoal. Mesmo quando ambas as interpretações sejam legítimas, ou seja, embora ambas sejam passíveis de defesa argumentativa, em prol e contra a presidente, é percebível que existe espaço pra incerteza, o que, por si só, deveria privilegiar o réu. O que está em jogo são cinquenta e quatro milhões de votos, é a soberania popular. Pela Hora Da Compra, Homem Vai à Caça E Mulher Quer Atenção, Diz Especialista . Observe-se que houve aqueles deputados que votaram não na culpa da acusada, porém pela admissibilidade do modo.