"Perdi Um Negócio Para o Tráfico. E, Por Ironia, Ganhei Outro Com A Saída Deles"

Passar uma adversidade nunca foi problema para Luciano Garcia, trinta anos. Nascido e elaborado em Nova Brasília, uma das comunidades do Complexo do Alemão, este pirralho de ideias claras e raciocínio veloz assimilou a ler e publicar aos 14 anos. E, logo depois, repassou tudo o que guardou à irmã mais velha. Ficou o cabeleireiro mais respeitado da localidade e tentou a vida com alguns menores negócios na comunidade, até abrir uma locadora de videos. A firma teve bom funcionamento nos primeiros meses, mas logo foi engolida pelo gatonet.

Gatonets são assinaturas de Tv fechada feitas com sinal captado e distribuído de modo irregular. Um negócio que, nas favelas do Rio, a toda a hora foi explorado com a proteção do tráfico. E, em contrapartida, a parceria financeira ou a determinação de um potente “pedágio” por divisão dos traficantes. Luciano explica o procedimento que levou tua locadora à falência. 40. visite essa url este preço, traziam todos os canais de vídeos e dos grandes estúdios internacionais abertos. de uma olhadinha neste web-site /p>

Isso inviabilizou o meu negócio. Por que os adultos e os jovens iriam alugar vídeos se aproximadamente todos os que eu tinha, e muitos outros, passavam o tempo todo nas televisões de suas casas? Minha locadora virou logo um elefante branco. Ficou jogada aos mosquitos. Falido, ele abriu um salão no número 246 da Travessa Guadalajara, em uma das subidas principais da Nova Brasília. Que é: eu assim como tinha meu gatonet. Não tinha jeito. Era o que chegava por aqui. Até que, no fim de novembro passado, Luciano viu passar à sua frente uma chance daquelas carregadas de ironia do destino.

Com a tomada do Alemão pelos policiais e militares, os serviços irregulares de tevê por assinatura e de web foram os primeiros a ser abandonados por quem os prestava, ao lado da venda de gás e de alguns outros negócios. Diante do vácuo, Luciano pensou e agiu com a velocidade de uma mensagem enviada em uma mídia social. Em janeiro de 2011, semanas depois da ocupação, ele fechou o seu salão.

Leia o Conteúdo Completo do próprio bolso e abriu, no mesmo ponto do salão, a ItaInfo, representante da provedora de serviços de web Edatel. A ItaInfo presta serviço rodovia cabo ou wireless, por intermédio de login e senha. De início, Luciano “fechou” com 12 mil metros de cabo, um espaço que abriga 16 1000 casas.

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O empresário recebeu a reportagem do R7 no exato instante em que fechava o balanço de teu primeiro mês de trabalho: 120 freguêses. Começo duro. A meta é, porém, muito mais ambiciosa. A ItaInfo pretende contabilizar 9.000 residências em, no máximo, trinta meses. Tenho uma vantagem competitiva imensa: conheço aproximadamente todos os consumidores desde garota. Dessa forma, tento estabelecer a diferença no serviço.

Eu e meus ajudantes andamos com smartphones vinte e quatro horas por dia. Resolvemos o problema do consumidor minutos após sua ligação, a qualquer hora. Duvido que essas grandes corporações terão coragem e insistência pra fazer isto aqui no Alemão do jeito e com a rapidez que oferecemos. Luciano tem um observar afinado sobre a realidade do morro.

Se analisarmos só sob o ponto de visão econômico, fica fácil constatar que a comunidade, em um primeiro momento, perdeu com a saída do tráfico. Até já no caso das tevês a cabo, o gatonet era muito mais do que http://www.paramuspost.com/search.php?query=dicas+...ype=all&mode=search&results=25 as operadoras oferecem hoje, depois da ocupação. Leia o Conteúdo Completo barato e completamente “abertão”. No entanto o caso é um só: como toda gente, necessitamos assimilar a viver sem essas circunstâncias excepcionais.