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A endometriose é uma doença ginecológica crônica, de feitio progressivo, por vezes incapacitante, cursando com dores e abundância do fluxo menstrual, caracterizada pela presença ectópica de células do endométrio (tecido que reveste internamente o útero). Estimativas apontam para setenta milhões de mulheres acometidas pela doença no universo, sendo uma das principais causas de hospitalização em países industrializados.
No Brasil, entre 2009 e 2013, foram registradas 71.818 internações em decorrência da endometriose11. Filho ND, Myung LHJ, Caraça DB. Epidemiologia da endometriose. In: Trindade ES, Melo NR, organizadores. Manual de endometriose. Rio de Janeiro: Elsevier; 2014. Coleção Febrasgo. 11-23.. Mesmo sendo uma doença impactante, o acesso aos serviços, ao diagnóstico e aos tratamentos é escasso.
Nos estudos relacionados à endometriose, predominam dois polos teóricos22. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira; 2016.: (a) um a elimina a uma entidade clínica com sintomatologia e tratamentos, prognósticos e distribuição pela população feminina33. Almeida Filho DP, Oliveira LJ, Amaral VF. Accuracy of laparoscopy for assessing patients with endometriosis. 4. Bellelis P, Dias Júnior JA, Podgaec S, Baracat EC, Abrão MS. Aspectos epidemiológicos e clínicos da endometriose pélvica: uma série de casos. Rev Assoc Med Bras 2010; 56(4):467-471.-55. Podgaec S, Dias Junior JA, Chapron C, Oliveira RM, Baracat EC, Abrão MS.
Th1 and Th2 immune responses related to pelvic endometriosis. Rev Assoc Med Bras 2010; 56(1):92-98.; (b) outro reúne o saber do campo biopsicossocial - com todos os senões evocados por essa sentença - que atribui às mulheres as responsabilidades sobre o assunto teu recurso de adoecimento66. Matta AZ, Muller MC. Endometriose: avaliações teóricas para uma leitura junguiana.
7. Dahlke R, Dahlke M, Zahn V. A saúde da mulher. São Paulo: Cultrix; 2005.-88. Pereira HGS, Canella PR. Avaliação da satisfação sexual e fertilidade em mulheres com endometriose. Femina 2006; 34(3):175-182.. Em ambos predominam as análises reducionistas sobre isso as mulheres, seus corpos, decisões e modos de viverem, comprometendo o protagonismo da experiência feminina de adoecimento. Ao oposto - baseados numa pesquisa maior22. Os enredos das pessoas com doença crônica, durante o tempo que uma das expressões que compõe a extensão do viver, foram iluminadas pelas lentes socioantropológicas1313.
Sontag S. Doença como metáfora. AIDS e tuas metáforas. 14. Herzlich C. Saúde e doença no início do Século XXI: entre a experiência privada e a esfera pública. verifique um pouco mais neste outro artigo : EDUSC; 2001.. Posicionando-se contra um entendimento de que as doenças possuem um determinismo fatalista, a primeira1313. Sontag S. Doença como metáfora. AIDS e tuas metáforas.
São Paulo: Companhia das Letras; 2007. explora a metaforização da doença, nesse lugar situada no corpo humano feminino, e a segunda1414. você pode saber mais . Saúde e doença no início do Século XXI: entre a experiência privada e a esfera pública. clique em seguinte site da internet (2):383-394.,1515. Adam P, Herzlich C. Sociologia da doença e da medicina. Bauru: EDUSC; 2001. no discernimento da situação de adoecimento crônico nos lugares da existência social e das experiências socializadas, compartilhadas nos grupos virtuais. A respeito da brutalidade de gênero e institucional, Jewkes et al.1616.
Jewkes R, Flood M, Lang J. From site original with men and boys to changes of social norms and reduction of inequities in gender relations: a conceptual shift in prevention of violence against women and girls. Lancet 2015; 385(9977):1580-1589. comprovam que a cultura de aceitação da agressão se associa à conversa a respeito da masculinidade.
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