Dieta Do Arco-íris |
A menor distância entre o Rio de Janeiro e os Estados unidos é a rampa de um navio americano. O embarque é feito no Pier Mauá e, do instante em que você está a bordo do Marina, navio de médio porte da Oceania Cruises, entra em território americano. A primeira parada na costa brasileira do Marina, o caçula da frota da Oceania, com um ano e oito meses de idade - levou quatro anos para ser criado -, aconteceu dia 6 de dezembro em Salvador. Viajar de navio não é pra todos.
Em primeiro ambiente você necessita de estar disposto a conviver, confraternizar, socializar, fazer programas comunitários. Em segundo, necessita de gostar da companhia dos mais velhos - a média de idade neste navio, que tem questão pela gastronomia, é bem avançada. Garota até entra, a partir de um ano de idade, todavia não tinha nenhuma a bordo - como essa de nenhum jovem tampouco. Em terceiro, você não poderá ter nenhuma tristeza na existência - se for angustiado, estiver esperando um telefonema ou na iminência de ganhar uma notícia primordial, esquece. Você vai atravessar enorme porção do tempo no mar, sem conexão com o mundo.
Se você chegou até neste local sem fazer careta, continue analisando. No embarque, é como se você estivesse entrando nos EUA - tem de passaporte (que fica retido na entrada e só é devolvido no seu destino, na hora do desembarque), passar pelo raio X, fazer check-in das malas. Tudo é muito estruturado. Ao voltar à cabine 8032, no oitavo caminhar, minha mala estava na porta. O gerente geral do navio, o francês Dominique Nicolle, que está no mar há mais de dez anos - há dois no Marina - citou que emergências como essa simulação, de ter de evacuar o navio, são raríssimas. Quando fomos liberados, foi o tempo de vestir uma bermuda e subir para o deck da piscina com a câmera para acompanhar o pôr-do-sol com a imagem do Rio de Janeiro ao fundo.
O navio partiu, deixando a cidade para trás e o Cristo Redentor ainda mais afastado. Ainda não tinha escurecido totalmente quando decidimos arriscar dirigir-se jantar no Red Ginger sem reserva - nada feito. É preciso reservar para adquirir jantar nos restaurantes de “especialidades”, que são quatro: o oriental Red Ginger, o francês Jacques, o italiano Toscana e o de carnes Polo Grill. Fomos então pro Terrace Café, liberado de reservas. Sentamos pela fração externa. A noite estava estrelada e a comida, variadíssima. Em sistema de bufê, tem saladas, pastas, grelhados (carne, frango, lagosta, camarão), sushi, comida mexicana e uma oferta de sobremesas de derreter qualquer coração: sorvete, torta de maçã, espetinho de frutas com calda de chocolate, bolos, tortas.
Tudo menos receitas brasileiras. Pedi uma garrafa de vinho e, como não tomamos tudo, ela ficou guardada pra tomarmos o resto amanhã ou nos próximos dias. Em qualquer restaurante, bastaria procurá-la pelo número da cabine. A atração da noite era uma stand-up comedy com o texano Lee Bayless, que lotou o auditório e era bem engraçado. Não teria me incomodado de pagar um ingresso para ver de perto o show que neste local no navio é de graça. Tudo é gratuitamente, a não ser a bebida alcóolica. A garrafa do vinho francês La Moynerie (Sauvignon Blanc), safra 2010, custou cinquenta dólares. Fiquei hospedada numa cabine com varanda, como há novas 244 no navio (vince e seis metros quadrados e varanda privativa), ao valor médio de 350 dólares por dia por pessoa.
Era bem confortável, com Televisão, frigobar, banheiro com banheira e cama de sonho. O colchão era uma nuvem, lençóis deliciosos, edredon macio, travesseiros perfeitos. Dia dois - Ancoramos no porto de Santos às 8 horas da manhã. Para que pessoas quisesse passear em terra firme, o navio oferecia transporte pra Santos e Guarujá e assim como para São Paulo, pra um tour de ônibus pela cidade. Muita gente embarcou em Santos para iniciar a viagem neste local. O navio ficou parado o dia todo.
Eu, logicamente, não entrei e nem sequer saí: o navio era mais novidade pra mim que qualquer das cidades próximas. O café da manhã no Terrace Cafe ia até as dez horas. Tudo é feito no estilo americano - os cereais são variedades Kellogg's de caixinha, tem panqueca, waffles, aquelas frutas mais geladas que saborosas, ovos, bacon, donuts, bagel, torrada, geleia. O iogurte era grego. Os funcionários, mutirraciais - 700 pessoas vindas de cinquenta e seis países. Tomei café sozinha em razão de uma amiga que estava viajando também, a jornalista Milly Lacombe, corintiana fanática, ficou no quarto ouvindo o jogo do Corinthians no Japão pelo rádio pela internet, já que foi tudo o que ela conseguiu de conexão. Pelo ruído dos rojões dava para acompanhar que Santos assim como estava investigando o Corinthians.
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