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Um dos políticos mais respeitados do povo, o senador Cristovam Buarque (PPS) diz, em entrevista exclusiva à Tribuna, que o Brasil atravessa um dos momentos mais críticos da sua história. Pra ele, “a República está enlouquecida” e “as instituições abaladas”. Mesmo que acredite pela sobrevivência da democracia, seu tom é pessimista no momento em que se diz ao possível governo de Michel Temer. Pela entrevista, o senador também comenta o futuro da economia brasileira, o afastamento de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados e ainda se arrisca a fazer várias previsões a respeito do assunto político nos próximos anos.

Pra ele, que trocou recentemente o PDT pelo PPS, precisamente por discordar dos rumos que o partido estava tomando sob o comando de Carlos Lupi, o senador passou a defender próximo com outros colegas de Parlamento a antecipação das eleições. “ Marketing 4.0. Do Tradicional Ao Digital a única maneira de retomarmos a credibilidade plena é fazer o público votar. Segundo, por causa de a única maneira de fazer opositores apertarem as mãos é por intervenção de eleição.

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No dia seguinte à eleição, há uma lua de mel pela sociedade inteira. E, terceiro, porque quando observamos em redor, a contaminação está muito extenso na linha sucessória. Uma eleição direta forçaria o surgimento de outros nomes ou, se forem os mesmos, vão com o respaldo da população”, enfatizou. Tribuna - Como o senhor avalia esse momento da política brasileira?

Cristovam Buarque - Uma impressão que se tem é que a República está enlouquecida, tremendo, sem saber como se reconstituir. Tribuna - Na visão do senhor, foi a política, a economia ou a roubalheira que derrubou a presidente Dilma? Cristovam Buarque - É uma soma de dados. Primeiro foram erros na política. Dilma não faz política. Poderia até se sair bem numa ditadura, sozinha, mandando.

Segundo, cometeu muitos erros pela economia, e não foi por falta de alertas repetidos insistentemente. Terceiro, ela usou instrumentos para obter a eleição, e, passada a eleição, teve que executar o impossível, por causa de era só demagogia, marketing. E finalmente, como você mesmo lembrou, a corrupção. Chineses Apostam Em Escola De Futebol No Interior De São Paulo , jogando lama em redor dela. Tudo isso fez com que a presidente perdesse apoio, com a finalidade de mais de 75% dos deputados votarem na tua destituição. 22 Ideias De Negócio Pra Abrir Organização Online - O senhor acredita que ela podes vir a renunciar? Cristovam Buarque - Ela tem insistido que não renuncia, e não vejo por que o faria.

Creio que pela estratégia do PT, investigando pra 2018, eles necessitam do que chamam de “narrativa do golpe”. O Lula necessita da bandeira do golpe para circular pelo Brasil pedindo a volta da democracia. Se Dilma renunciar, o PT e o Lula perdem essa bandeira. Por isso, acredito que ela não renunciará.

Tribuna - O senhor vê qualquer tipo de risco à democracia caso o impeachment passe no Congresso? Cristovam Buarque - Não vejo por quê. Seria o mesmo risco no momento em que caiu o presidente Collor. A diferença é que neste momento haverá manifestações mais intensas contra Temer, já que Collor não tinha partido, não tinha militantes.

O PT os tem. Tribuna - As instituições estão fortalecidas ao ponto de ir por toda essa turbulência? Cristovam Buarque - Elas estão fortalecidas, contudo são frágeis. É uma contradição. 'Empreender Também é Para Mulheres' Diz CEO Em Evento Da Google Em Brasília fortalecidas no sentido de que não há uma ameaça, todavia são frágeis visto que não estão funcionando bem. O WhatsApp Business Vale a pena? do Legislativo na hora de fazer o que tem que ser feito, a incapacidade de o Executivo de se relacionar bem com o Legislativo — tudo isto faz com que as instituições estejam frágeis, entretanto distanciado de cada ameaça. É como uma geleia sólida, todavia sem o risco de quebrar. Tribuna - O senhor acredita que o impedimento da presidente Dilma passará no Senado assim como que passou pela Câmara?