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O Grupo Globo divulgará por esse domingo os seus novos princípios editoriais. Pela prática, um guia para regular o comportamento de seus jornalistas nas mídias sociais. A organização quer que os jornalistas tenham um modelo de posicionamento pela internet que não coloque em risco o que sempre foi muito caro ao discurso histórico do grupo: a isenção. As frases “isenção” e “isento” foram escritas 16 vezes no editorial de página inteira assinado por João Roberto Marinho, presidente do Conselho Editorial. A proporção afeta todos os que trabalham em lugares como Tv Globo, jornais O Globo e Extra, rádio CBN, revistas da Editora Globo (como a Época), e G1.
A ideia, segundo texto assinado por Marinho ao qual tivemos acesso, é “tentar ao máximo nos despir de tudo aquilo que possa pôr em incerteza a nossa isenção”. Segundo o documento, o grupo considera toda mídia social potencialmente pública - mesmo que posts estejam restritas apenas aos amigos em grupos fechados como o WhatsApp. O susto é o vazamento de prints que possam comprometer o repórter e, assim sendo, “inabilitá-lo” a exercer o jornalismo.
“Isso não é admissível, uma vez que a isenção é o principal pilar do jornalismo. Perder a reputação de que é isento inabilita o jornalista que se dedica a reportagens a desempenhar o teu trabalho”, diz o texto. Criar este artigo avaliações privadas entre amigos no WhatsApp? Só se o jornalista tiver uma vaga “confiança absoluta” no interlocutor. Ele passa a ser responsável pelas atitudes de terceiros. Três Formas Da Internet Das Coisas Transformar O Serviço Em Campo texto de exposição às recentes regras, Marinho diz que está só fazendo “recomendações”.
É a única vez que a frase aparece pela página. Imediatamente a expressão “deve” aparece 26 vezes, na maior quantidade delas em feitio impositivo. “Sei que não é necessário, porém dou por aqui um ou 2 exemplos”, escreve Marinho. Não que o jornalista deva se abster de investir em bolsa (uma atividade privada), no entanto que ele tem que testemunhar em seu perfil público em quais companhias investe.
Melhor do que bloquear comportamentos que interferem pela vida pessoal do jornalista, o projeto quer apostar em transparência. O texto mistura apoiar um candidato político com apoiar uma ideia ou uma tese, e quer controlar até já os likes dos funcionários. “Esses jornalistas não devem nunca se pôr como porção do debate político e ideológico, muito menos pra cooperar pra vitória ou a derrota de uma tese, uma capacidade que divida opiniões, um objetivo em disputa. Isso acrescenta endossar ou, pela linguagem das redes sociais, “curtir” publicações ou eventos de terceiros que participem da disputa político-partidária ou de ideias.” Moça De onze Anos Viraliza Com Reportagens De Brincadeira Para Denunciar Problemas Da Periferia de morte?
Não poderá curtir um artigo sobre. Deseja o fim da batalha às drogas? Silêncio. É contra a corrupção? Acredita em aquecimento global? Quer mais cotas nas universidades? O Ensinando Marketing Digital de colunas, e permite aos colunistas que continuem emitindo avaliação. Como vai funcionar em casos como o de Alexandre Garcia, por exemplo, que frequentemente senta na bancada do Jornal Nacional, não como comentarista, entretanto como apresentador?
Ele poderá acompanhar no Twitter debochando da morte de mulheres, comentando “Eu eu com isto? ” ao discutir um estupro, ironizando uma mãe brasileira que foi separada do filho na imigração dos Estados unidos ou escrevendo que o término da cooperação sindical obrigatória é com o objetivo de acabar com os “pelegos”? Sem entrar no mérito de suas considerações, todos estes temas são cobertos pelo Grupo Globo. Duas frases são capazes de sintetizar o norte filosófico por trás da carta: “O jornalista do Grupo Globo, sem exceção, não poderá, por óbvio, criticar colegas de suas redações ou de redações de competidores nas mídias sociais.
O crítico acaba sempre por se apequenar diante do público.” É a interdição do debate de ideias e, sobretudo, Marketing Pessoal Nas Mídias sociais: Aprenda Como Fazer de que ser um jornalista crítico - e poder criticar republicanamente os colegas - é ser um jornalista pequeno. Bom mesmo é treinar a domesticação. As regras também abarcam temas prosaicos. “O jornalista deve evitar criticar hotéis, marcas, corporações, restaurantes, produtos, companhias aéreas etc., mesmo que tenha tido uma má experiência”. Em caso de incerteza a respeito de publicar ou não postar, o Grupo Globo é taxativo: “A única solução é consultar a chefia”.
Se o cidadão foi sacaneado por uma empresa de telefonia ou de plano de saúde, é de bom tom consultar o chefe para saber se poderá continuar publicamente indignado. Jornalistas do grupo que conversaram conosco durante o Congresso da Abraji, que acontece por este final de semana em São Paulo, se mostraram, em geral, indignados.
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