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Um planeta habitado só por seres de pele negra, iluminado por 6 sóis batizados com nomes de orixás, cuja história é narrada por uma mulher lésbica. Estes são alguns dos elementos que o escritor e filósofo baiano Alexey Dodsworth reúne no seu segundo livro de ficção científica, O Esplendor, publicado na editora Draco. A segunda obra do autor por esse gênero vem após o sucesso de 18 de Escorpião, sua estreia pela ficção científica, que lhe rendeu o prêmio Argos 2015 e teve a primeira edição esgotada.

Atualmente morando em São Paulo, onde estuda Astronomia e cursa doutorado em Filosofia, Dodsworth se prepara para o lançamento oficial do livro em eventos no dia vinte e sete de agosto, no Rio de Janeiro, e dois de setembro, em São Paulo. Antes disso, o escritor bateu um papo com A TARDE e falou sobre a mistura inusitada de ficção científica e mitologia iorubá, além de encostar outros aspectos do gênero. O Esplendor é o seu segundo livro de ficção científica.

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Fale sobre a tua conexão com esse gênero. Eu a toda a hora li muito, desde que era jovem, em Salvador. Nos anos 80 eu garimpava livros de ficção científica. Eu agora gostava do conteúdo. O Universo, Você E O Serviço eu entrei no curso de Astronomia da USP. E foi a partir desse estudo que disparou em mim a desejo de publicar ficção científica.

Em razão de eu comecei a me deparar com coisas que eu dizia: 'nossa, isto existe? E eram coisas tão bizarras e desconhecidas, todavia que são realidades científicas, e eu comecei a usá-las para digitar os livros. Como, tais como, quase ninguém sabe que quem descobriu uma gêmea perfeita do nosso sol foi um astrônomo carioca. E eu trato disso em Dezoito de Escorpião, que é exatamente o nome dessa estrela descoberta.

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E o https://oficinaderedacao.com levou a escolher elementos do candomblé e da cultura afro para compor essa nova história? Uma questão que a toda a hora me incomodou no momento em que eu lia ficção científica ou http://www.techandtrends.com/?s=educacao excelente brasileira, em geral, é que a maioria utiliza elementos da cultura greco-romana e ambienta seus livros nos EUA e na Inglaterra. E eu imagino: 'contudo por que uma pessoa escreve sobre o assunto uma realidade onde, diversas vezes, ela nem pisou os pés? Eu imagino que preciso escrever a partir de uma realidade que eu conheça, aproveitando elementos de nossa cultura. Eu nasci em Salvador e convivi com essa cultura durante trinta anos da minha existência.

Então não há dúvida que estava pela hora de fazer uma homenagem à cultura afro, que é tão presente pela cidade. Dessa forma acaba sendo uma homenagem à Bahia assim como? Sim, é uma homenagem à Bahia. Há Mercado Para as pessoas que Cursa Pedagogia? de Salvador, apesar de meu nome ser absolutamente estranho. ]. Vivi a minha existência quase toda aí. A minha família é estrangeira. Eu descendo de italianos e escoceses.

No entanto ela imigrou pra Bahia no começo do século 20. Eu só vim pra São Paulo com trinta e dois anos. direto da fonte sem demora eu descobri que deveria descrever uma história com elementos que executam fração dessa cultura, não por um dever ou responsabilidade, porém por serem coisas que eu conheço e que são minhas fontes. A história se passa no planeta Aphriké, onde todos são negros.

Foi uma forma de completar a carência de protagonistas de etnia negra nas obras de ficção científica? No princípio, eu neste momento sabia que todos os protagonistas seriam negros, todavia, enquanto eu fazia o livro, não era nem ao menos porque eu achava que precisava ter representatividade negra. Era mais por causa de o universo tinha 6 sóis e eu achava cientificamente incorreto um lugar assim sendo com pessoas de pele branca.

No entanto depois eu me toquei que era o meu inconsciente trabalhando. Acontecendo nesta página que o mundo tivesse 6 sóis para que as pessoas fossem negras. ]. Foi daí que veio todo o vontade de publicar um livro com essa temática e Cinco Truques Para Preparar-se Pra Abundantes Concursos Ao Mesmo Tempo . Isso foge do padrão habitual de construção de personagens nas ficções científicas, direito? Foi também o que me levou a fazer isto.