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CARACAS - A pedra dos saqueadores rompe a janela do ônibus no momento em que a enfermeira Lila Valera ainda se acomoda pela escada em que passará a noite. E não é qualquer noite. É sua última na Venezuela, povo onde passou diariamente de seus 37 anos. Ela é um peculiar alvo de assaltantes que atacam logo pela saída de Caracas os ônibus com imigrantes que fogem rumo a San Cristóbal, na fronteira com a Colômbia, uma viagem de 808 quilômetros prevista para durar quinze horas. Os ladrões sabem que ali há venezuelanos de classe média com seus bens mais valiosos e dinheiro vivo, algo tão incomum que uma cédula é revendida por três vezes o valor nominal.
Um como último salário na chefia da enfermaria infantil do hospital de San Juan de los Morros, a 218 quilômetros de Caracas. Ela tinha quarenta e dois subordinados. 3, suficiente pra 1 kg de carne. Passageiros como ela abandonam casas, automóveis e empregos não “por uma vida melhor”. O fazem por sobrevivência - a própria ou a de parentes - ou por não tolerar mais mortes evitáveis.
“Na véspera do Natal, de madrugada, o coração de três piás internados parou ao mesmo tempo. Éramos só duas pela enfermaria. Um deles morreu. A mãe não queria soltar o corpo de teu primeiro filho. O pai o arrancou dos braços dela e me entregou. Levei-o pro necrotério, mas lá bem como faltava funcionário.
Sentei no chão, abracei o cadáver daquele anjinho e o cuidei por horas até alguém vir. Morreu de desnutrição”, conta Lila, após checar que a guria ao lado da janela despedaçada não se feriu. Como não houve perseguição dos assaltantes ao ônibus, a viagem segue, sem demora com ventilação natural e a ordem expressa do motorista para que todos fechem suas cortinas. Antes da nova partida, a enfermeira pede para pegar alguma coisa do bagageiro. Volta com o diploma universitário, emitido há 19 anos.
“É a única coisa que eles não podem roubar. É a prova do meu entendimento.” A entidade Cáritas estima que 280 1000 rapazes vão morrer em 2018 pela Venezuela de desnutrição. Cai a noite e o automóvel, que deixou Caracas às dezoito horas, se aproxima de Barinas, terra de Hugo Chávez. Recomendado site da Internet ocorre o primeiro reparo mecânico, no eixo dianteiro. Seriam cinco consertos no ônibus, criado no Brasil. Boa fatia da frota do nação está parada por inexistência de peças de reposição para os automóveis. Mais Dicas como pneus são postagens de luxo na Venezuela, por terem preço atrelado ao dólar.
Um deles equivale a 46 salários mínimos. A maior quantidade dos passageiros viaja em silêncio, alguns choram discretamente. Só ao amanhecer, eles percebem o atraso, que fará a viagem durar vinte horas. Alguns reclamam em voz alta e a suposta passividade da população venezuelana passa a ser debatida. “A culpa desta circunstância é nossa, que não reagimos”, desabafa uma passageira. “Vivemos em uma ditadura disfarçada”, diz outra, professora primária. Uma terceira denuncia que pela instituição pra criancinhas deficientes em que trabalha três delas faleceram no ano passado por desnutrição. Uma quarta passageira, bem como professora, acusa o governo até de “roubar” uma cozinha recém-instalada em sua faculdade. “Fizeram a entrega, a foto do lançamento e logo depois levaram tudo.
url , que se equilibrou sem dormir pela escada pela madrugada, senta-se agora no assento 23, aproveitando que alguém desceu no caminho. 1) “por fora” pelo recinto improvisado no ônibus. 1,50). Mesmo depois da noite em claro, a enfermeira não dorme. Fica agarrada à bolsa em que leva dinheiro, passaporte e, mais significativo, seu diploma.
Tua meta é surgir ao Peru, onde tem possibilidade de emprego, teto e comida. Seu dinheiro só oferece para ir até a divisa. Como trabalhava entre 12 e dezoito horas por dia no hospital, acredita que não terá dificuldade em dar conta de 2 empregos, um pela área médica e qualquer outro bico. Seu propósito é mandar dinheiro pras três filhas, duas gêmeas de quinze anos e a mais velha, de 18, que escapou por insuficiente da morte ao dar à luminosidade. Foram quinze dias de internação por uma infecção bacteriana contraída durante a cesárea.
No hospital Israel Ranuárez Balza, onde a enfermeira trabalhava, faltavam antibióticos, adrenalina e funcionários. Mães cortavam lençóis pra fazer fraldas improvisadas. Era comum Lila ser chamada na casa de três quartos em que vivia, onde chegou a ter 2 veículos e uma moto, para descobrir uma veia que ninguém mais encontrava ou cauterizar um ferimento. “Os melhores profissionais estão saindo, sobram os iniciantes”, olha o que eu achei .
O ônibus da organização Flamingo estaciona no terminal de San Cristóbal, está com o piso molhado na chuva que entrou na janela. O recém-formado grupo de revoltados com o chavismo opta dividir o táxi até um fantástico post , onde atuam atravessadores, contrabandistas e narcotraficantes. Lila cruza a divisa sem complexidade, acha uma amiga venezuelana do outro lado, todavia não pode avançar.
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