7 http://dicadegamesemais2.blog2learn.com/14589128/e...-wikificar-todas-as-express-es

O final das senhas ou a valorização da privacidade? A concretização das distopias do seriado 'Black Mirror' ou uma viagem até Tóquio em cinquenta minutos? Em seu décimo aniversário, a Serafina convocou escritores e cartunistas pra sonhar o país e o universo daqui a dez anos. Imagino antes nas coisas que vão desaparecer do que http://cuidandodevocesite4.blog5.net/14881813/35-d...fissional-neg-cios-e-marketing vão aparecer. Água mineral em garrafas de plástico. http://all4webs.com/portalparameusgames50/juxhjtljwx787.htm /p>

Chaves e fechaduras. Senhas. Fios, tomadas, carregadores: acredito que a luminosidade solar possa ceder conta. Pichações, bullying, assédio sexual haverão de reduzir, com câmeras dentro de salas de aula e em toda parcela. Cadeias irão aumentar, a menos que a punição por banimento eletrônico e tratamento químico se generalize. Numeração de roupas e sapatos.

Nunca funcionou perfeitamente, aliás. Com biometria e impressão em 3-D, tua roupa chega sem ajustes. Costureiras, motoristas de táxi, funcionários de caixa, balconistas: os empregos no ramo de serviços conhecerão o mesmo declínio experimentado no universo industrial. Sobrarão os entregadores, não acredito que de bicicletas. árduo fantasiar o desaparecimento das forças armadas convencionais em tão curto prazo. Mas a guerra eletrônica (penso em hackers causando de apagões a acidentes nucleares) avançará. O triunfo final da ciência a respeito da religião dependerá, mais e mais, da China.

Quando somos jovens, dez anos são vários anos. Ainda me lembro: teria uns 20 e a ideia de ter trinta era, simultaneamente, remota e espantosa. Quando cheguei aos 30, os 40 prontamente eram menos remotos contudo mais assustadores. Sobretudo já que o tempo passava mais rápido e eu ainda me lembrava de ter chegado aos 20 na semana anterior. Hoje, com 40 e mais uns trocos (41, pronto, quase 42), olho para os 50 (pros 51, pronto, quase 52) e entendo que lá estarei amanhã de manhã. Meio século de existência: não é possível.

A festa só começou. E depois, com o meu incurável narcisismo, vou desbobinando as enciclopédias masoquistas em contagem decrescente: Mozart morreu aos 35; Charlie Parker aos 34; Keats aos 26. E eu? Que fiz eu aos 50? Os amigos entram em cena: Saramago despontou para a literatura aos 60! Ainda tens dez anos! É isto que adoro nos meus amigos: o talento para a mentira piedosa. Eles é que merecem o Nobel. Lamento, Serafina: não sei como será o universo daqui a uma década. Sei que o episódio será outro -carros sem motorista; um robô em cada casa; Viagra pela pasta de dentes. Entretanto se o passado ensina alguma coisa é que nós, humanos, continuaremos a ser o mesmo caos patético de sempre.

Inseguros, invejosos, apavorados. Entretanto também capazes de amar, imaginar e construir. No momento em que imagino no universo futuro, não é no universo que eu imagino. É em meu universo. http://notedash6.jigsy.com/entries/general/Q48-Pra-Principiantes-Realmente-compensa minha tribo. Os meus amores, os meus amigos. E até os meus oponentes, sem os quais a existência perderia cada encanto. Se eu e eles estivermos por cá no momento em que eu chegar aos cinquenta anos (ok, desisto: http://tecnicasparadietas5.beep.com/.htm?nocache=1530677741 ), garanto ao leitor que melhor é impensável.

O universo em 2028 será mais próspero, pacífico, verde, tolerante, abundante e interessante. Passaremos muito mais noites frescas trocando figurinhas da Copa ou das Olimpíadas com estranhos na rua. Beberemos drinques com champagne como quem hoje toma cerveja em lata. O Brasil receberá bravos imigrantes que deixarão a nação mais cosmopolita e divertido.

A África será a nova China e mais centenas de milhões de pessoas sairão da miséria. Contudo haverá um problema: os intelectuais. Com a produtividade maior, mais gente poderá se dar ao luxo de passar a existência problematizando. A bordo de hotéis com rodas (ônibus autônomos com suítes individuais e serviço de quarto), intelectuais e políticos farão romarias pelo Brasil disseminando ideias de injustiça e opressão.

• Vinte e três - sábado - estação Paulista
• Convergência de mídias
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• Tua mensagem
• 09/10/2012 às 14:43
• Certifique-se de que seu blog seja ligeiro
• 14 - Quatro Cantos - Karyna Spinelli (de Karynna Spinelli)
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As dificuldades que eles inventarem serão pauta de mídias sociais e blogs de notícia. Viveremos em 2028 no universo mais envolvente e próspero até sendo assim, porém que pena: não teremos consciência disso. Em dez anos, olharemos para trás e morreremos de desonra do festival de selfies, das fotos dos pratos de comida, da apresentação perfeita na ioga, do exibicionismo sem fim, da ostentação sem limite que desfilamos nas redes sociais. Reclamamos que o Facebook entrega de bandeja nossos fatos, entretanto diariamente servimos sem parcimônia, após uma mãozinha de verniz, claro, uma versão melhorada do que somos. A superexposição transformou pessoas sem talentos em celebridades.

Vivemos em uma época em que somos o que postamos, não o que fazemos. Nossa individualidade virou artefato para consumo externo, o que os especialistas chamam de "personal brands". Porém a onda que nos empapuçou de Kardashians e Pugliesis já começa a dar sinais de decadência. Por que passamos tanto tempo vivendo experiências que não são nossas ou escancarando nossas vidas à espera de likes? A empresa de tendências Box1824 detectou um novo posicionamento entre jovens de dezoito e vinte e quatro anos, o de deixar as mídias sociais ou decretar uma extenso transformação em como elas funcionam.