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Rio - Em ‘A Glória e a Graça, que estreia amanhã nos cinemas, veremos Carolina Ferraz como nunca se viu: com a voz muito mais importante, usando uma volumosa peruca e prótese dentária, e com alguns quilos a mais. E tudo na Glória, sua protagonista, uma transgênero bem-sucedida e cheia de autoestima. visite este site /p>

“Quando li o roteiro há quase dez anos, me apaixonei por essa protagonista e sua existência. Pedi para o Mikael Albuquerque (roteirista) pra fazer a Glória. visite este backlink . Foi um comprido caminho até a realização. Na interpretação, meu maior estímulo foi escapulir de estereótipos. Lutei muito pra criar um ser humano, independentemente de cada outra pergunta associada ao personagem”, revela Carolina.

Pela história dirigida por Flávio Ramos Tambellini, a bem-resolvida travesti Glória é dona de um badalado restaurante no Rio. Todavia tem tua existência virada do avesso no momento em que é procurada pela irmã, Graça (Sandra Corveloni), com quem não fala há 15 anos e que ainda acha que ela responde pelo nome de Luiz Carlos. Graça está com um aneurisma e tem um objetivo: convencer Glória a ficar com os sobrinhos no momento em que ela se for, uma garota de quinze anos e um guri de 8 (Sofia Marques e Vicente Demori). Para o diretor, o video rodado em seis semanas mostra que o conceito de família hoje não tem nada a ver com o convencional.

“Retratamos a nova geração da família, onde o que interessa é a pessoa, e não o gênero. Me perguntam por que usar uma atriz mulher pra interpretar uma trans.Em primeiro ambiente, a Carolina está no projeto desde o começo. Mais Apoio , se eu fizer um vídeo sobre isso um viciado em heroína, preciso de um ator assim como viciado? O que interessa é a entrega, a persistência e, principalmente, a percepção do personagem”, opina Tambellini. “Carolina está admirável. Temos no elenco a Carol Marra, que é transgênero, e tivemos a participação e assessoria da ativista Marjorie Marchi, que achava que a compreensão de Carolina também daria maior visibilidade à batalha política das trans”.

Premiada em 2008 como melhor atriz no Festival de Cannes por sua atuação no vídeo ‘Linha de Passe, Sandra Corveloni fornece vida à irmã de Glória. “Tinha acabado de ser premiada, e o Mikael (Albuquerque) chamou-me e disse com muita paixão da história. Se passaram vários anos, bastante coisa mudou no roteiro.

A doença da Graça era um câncer antes”, revela. Para a atriz, a promoção do projeto foi uma vitória. “Desafio foi manter a chama acesa durante todo tempo em que passamos com o roteiro tentando uma criação. E graças ao empenho da Carolina e do Flávio, o filme ocorreu. Na parceria com Carolina Ferraz, ela deixa transparecer a cumplicidade criada durante os anos de espera.

“Nos conhecemos devido a deste roteiro. Ela batalhou nesse video. Nos acompanhamos no decorrer desses quase 10 anos. Tem uma questão que me marcou. No primeiro dia de filmagens, a van da produção parou pela entrada do meu prédio, e Carolina fez dúvida de encaminhar-se tocar para me chamar: ‘Vem irmã, desce que hoje é nosso primeiro dia. Estávamos eufóricas, pareciam duas meninas indo para o parque de diversões”. Carolina conta que não foi descomplicado. “Não queriam doar dinheiro.

• Dez de setembro de 2012 at 10:29 (2235 dias atrás)


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Ouvi de alguns executivos: ‘Carolina, você é tão formosa, tem sua carreira, por que fazer esse protagonista? No entanto fui à luta”, revela. Sobre ter escolhido o papel de uma trans, ela é direta: “Me apaixonei pela história da Glória. Quis vivê-la. Mas entendo o manifesto das trans (que é anterior ao vídeo) para proporcionar notabilidade, que trans sejam interpretadas por trans. Compreendo e apoio em razão de são pessoas que precisam de visibilidade.

Existe muito preconceito, diferença de oportunidades. Se não fosse por isso, não precisariam de um manifesto. Algumas são agredidas, aviltadas e desamparadas. Pela pesquisa pro projeto, ouvi mais de 60 depoimentos. Carolina conta que foi “inteira pra este filme”. “Tinha acabado de parir Isabel (tua filha de onze meses com o médico Marcelo Marins. É um vídeo familiar, me senti acolhida na equipe. Fala das famílias modernas, de reencontros e resgates afetivos. É uma história de amor vivida por uma pequena família! Para mim, a mensagem é que toda forma de amor vale a pena”, diz.